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Saúde

Itaboraí inicia programa Rede Cegonha com visita de gestantes à maternidade

Por Saúde

Publicado em 04/09/2014

IMG_1854O Hospital Municipal Desembargador Leal Junior, em Itaboraí, recebeu nesta semana, a visita de um grupo de 10 gestantes que realizam o pré-natal na Unidade de Saúde da Família do bairro Joaquim de Oliveira. A estratégia tem como objetivo iniciar o processo de implantação do Rede Cegonha no município e esclarecer dúvidas das pacientes sobre o atendimento.

Recebidas pelos diretores geral, médico e de enfermagem da unidade de saúde, as futuras mamães receberam orientações de enfermeiros obstétricos, psicólogos e fisioterapeutas sobre o parto e o pós-parto; foram apresentadas ao berçário; conheceram os profissionais que irão atendê-las; desmistificaram alguns medos; e receberam também orientações sobre a documentação necessária e os objetos, de uso pessoal, que devem ser levados no dia do parto. Representantes da Secretaria Estadual de Saúde e das coordenadorias dos programas de Saúde da Mulher e da Criança, Vigilância Epidemiológica, Serviço de Atenção Especializada em DST/Aids e Hepatites Virais também estiveram
presentes.

“As visitas prévias são fundamentais para o esclarecimento de dúvidas, oferecendo mais segurança às gestantes, pois começa a ter um vínculo com o local onde será atendida”, explicou Marcos Souza, diretor geral do hospital, informando que o agendamento das visitas deve ser feito nas Unidades de Saúde da Família, onde as gestantes fazem o pré-natal.

Humanização

IMG_1876A Rede Cegonha é um programa lançado pelo Ministério da Saúde, que visa garantir cuidados e atendimento de qualidade à mulher e à criança pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança de zero aos vinte e quatro meses. O Estado do Rio de Janeiro foi o pioneiro no país no processo de implementação dos planos de ação da Rede Cegonha, em agosto de 2011.

A implantação visa assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto, abortamento e puerpério, e às crianças o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudável, que tem entre os seus principais impactos positivos, a redução da mortalidade materna e infantil.

Para a coordenadora do programa Rede Cegonha em Itaboraí, Cristiane Feitosa, o serviço tem como inovação a mudança das práticas de assistência à gestação.

“A gestante é vinculada desde o pré-natal à maternidade, onde será realizado o parto. A partir do segundo trimestre de gravidez (quarto mês) já poderá fazer sua visita para conhecer as instalações do nosso hospital”, explicou.

A atenção ao parto e nascimento também incluem o direito ao acompanhante de livre escolha da mulher durante todo o trabalho de parto, parto e puerpério.

“O pai será incentivado a participar do momento do nascimento do seu filho, estimulando a formação de vínculos. Além disso, ela terá acesso a métodos de alívio da dor e a possibilidade de ficar em contato pele a pele com seu bebê imediatamente após o nascimento, prática que hoje é demonstrada como benéfica para os dois”, explicou Cristiane.

Kit maternidade

Atualmente a maternidade realiza, em média, 120 partos por mês, sendo 70 normais e 50 cesarianas. São feitos, ainda, 900 atendimentos ginecológicos/obstetrícios no setor, divididos entre cirurgia eletiva e emergencial, internação e acolhimento de gestantes em risco.

De acordo com levantamento feito no hospital, de janeiro a julho de 2013 foram realizados 641 partos normais contra 393 cesáreas. No mesmo período deste ano, foram 746 nascimentos pelos meios naturais para 544 pela via cesariana. Além do cuidado com a mãe, o aumento no número de partos deve-se, em grande parte, ao programa “Gerando Vidas”, ação que presenteia as mulheres com um enxoval assim que têm alta hospitalar.

Desde novembro de 2013 até julho deste ano, a Prefeitura já distribuiu 1.529 bolsas. O kit é entregue, inclusive, às mães que não moram na cidade. É composto por um cobertor, toalha, trocador, toalhas de boca, calça em malha, macacão curto e comprido, touca, sapato e roupa de pagão. Dependendo do sexo da criança, a cor predominante do kit pode
ser rosa ou azul. Tudo vem acondicionado numa bolsa especialmente confeccionada para o programa.

Além disso, as mães que dão à luz no Hospital Municipal de Itaboraí recebem, ainda, instruções sobre aleitamento materno, vacinação, higiene do coto umbilical e genital, formas de prevenção da gravidez durante o período de resguardo e cuidados com a alimentação. Os recém-nascidos são imunizados com as vacinas BCG e Hepatite B, e passam por testes de Triagem Neonatal (Pezinho) e do reflexo vermelho (Olhinho), além de receber encaminhamento para o exame da Triagem Auditiva Neonatal (Orelhinha) na Policlínica de Manilha.

Texto e fotos Renata Nery

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