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A Cidade

Itaboraí fica localizado na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro (RMRJ), que reúne 22 municípios fluminenses. A área geográfica, também conhecida como Grande Rio, foi instituída pela Lei Complementar nº 20, de 1º de julho de 1974, após a fusão dos antigos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, unindo as então regiões metropolitanas do Grande Rio Fluminense e da Grande Niterói. Após sucessivas leis estaduais, que se somaram às atribuições conferidas aos estados federados pela Constituição de 1988, esses limites se alteraram, passando a RMRJ a incluir, atualmente, os municípios do Rio de Janeiro, Belford Roxo, Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, Queimados, Rio Bonito, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá. Com um número aproximado de mais de 13 milhões de habitantes, segundo a estimativa do Censo IBGE de 2021, é a segunda maior área metropolitana do Brasil.

Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Município de Itaboraí

Itaboraí está localizado na baixada litorânea da Região Metropolitana, às margens da Baía de Guanabara, a 45 km de distância da capital. Segundo o Censo (IBGE/2022), possui uma área de 429,961 km², o que o coloca na posição 39 dentre os 92 municípios do estado, com uma população de 224.267 habitantes, sendo a densidade demográfica de 521,6 pessoas por quilômetro quadrado. Seu gentílico é itaboraiense. Faz divisa com os municípios de 1- Guapimirim, 2- Cachoeiras de Macacu, 3- Rio Bonito, 4- Tanguá, 5- Maricá, 6- São Gonçalo e com a Baía de Guanabara. O seu território está dividido em 8 distritos, que são: 1º Distrito – Itaboraí, 2º – Porto das Caixas, 3º – Itambi, 4º – Sambaetiba, 5º – Visconde de Itaboraí, 6º – Cabuçu, 7º – Manilha e 8º – Pachecos.

As características do relevo de Itaboraí são bem diferenciadas. As maiores altitudes são encontradas na Serra do Barbosão à leste, na divisa com o Município de Tanguá, e nas Serras do Lagarto e Cassorotiba ao sul, na divisa com o Município de Maricá. Nas demais localidades, ao norte e a oeste, predominam as planícies, onde estão concentrados os rios que convergem para a Baía de Guanabara. Entre as planícies e as serras, observa-se um relevo suavemente ondulado, com morros que raramente ultrapassam os 50m de altitude. Parte de seu território é voltada para a Baía de Guanabara, compondo, com os municípios de Magé, Guapimirim e São Gonçalo, a APA de Guapimirim, uma Unidade de Conservação de uso sustentável voltada para a preservação e conservação de remanescentes dos manguezais.

O clima do município é tropical e a vegetação é composta principalmente por pastagens, com sua maior concentração no distrito de Cabuçu, Pachecos e Sambaetiba, havendo também mata de encosta, mangues e brejos. Os remanescentes de mata atlântica são observados nos setores mais íngremes e elevados nas serras do Barbosão e do Lagarto, sendo em maioria matas tipicamente secundárias, resultantes da regeneração natural após muita exploração de madeira para a construção civil e naval e obtenção de carvão e lenha, especialmente no passado, desde a colonização do recôncavo da Guanabara. No restante do município, as matas se encontram muito fragmentadas e aparecem em locais isolados. Os manguezais ocupam uma grande área na desembocadura dos rios que deságuam na Baía de Guanabara, em áreas de poucos declives e cortadas pelos rios Macacu e Guaxindiba.

O município de Itaboraí apresenta uma densa rede hidrográfica formada pelas bacias dos rios Guapi-Macacu, do rio Caceribu e dos rios Guaxindiba-Alcântara. Além desses, existem outros rios importantes, porém de menor extensão, como os rios Aldeia, da Vargem ou Várzea, Tingidor, Calundu ou Iguá, Pitanga e Goianã ou Guaianã, dentre outros.

A economia do município gira em torno do comércio diversificado, da oferta de serviços, da existência de algumas grandes indústrias que se instalaram no município no decorrer dos anos, da manufatura cerâmica (decorativa e utilitária), da produção de mudas, flores e plantas ornamentais, da cata do caranguejo, da fruticultura, da apicultura e da pecuária extensiva. No início dos anos 2000, o Governo Federal brasileiro decidiu construir em Itaboraí um Complexo Petroquímico da PETROBRÁS, conhecido como COMPERJ – Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro. Tratava-se de obra grandiosa, todos os números envolvidos eram gigantescos. Bilhões de dólares seriam investidos e milhares de empregos seriam criados. A cidade agitou-se completamente com essa nova “onda econômica” que superava – e muito – as ondas anteriores como a da cana de açúcar no período colonial, a da laranja e a das olarias nas décadas de 1960-1970… Itaboraí passou a ser, por alguns anos, uma espécie de símbolo do desenvolvimento do país num período de forte crescimento econômico. Havia, em toda a cidade, a esperança de novos tempos de prosperidade. Inúmeros empreendimentos surgiram, prédios de grande porte começaram a ser construídos, um grande shopping foi erguido, pessoas vieram de várias partes do país e até do exterior e muitos investimentos paralelos foram feitos baseados na perspectiva de que o COMPERJ iria dar sustentação a essa nova fase econômica da cidade. Inicialmente previsto como um Complexo Petroquímico, este produziria resinas plásticas, vários outros produtos e derivados de petróleo, como óleo diesel, solventes, coque, gases etc. No entanto, o sonho não se realizou completamente, pois uma grave crise política no país e uma forte redução no crescimento econômico paralisaram as obras. Esta interrupção permaneceu e se agravou, gerando muito desemprego e diversos empreendimentos imobiliários ficaram incompletos, obras restaram inacabadas e abandonadas. Mais atualmente, após dezesseis anos do projeto original, novas soluções foram propostas para o local, e o antigo Complexo Petroquímico passou por diversas mudanças, sendo agora um polo para processamento do gás natural. Denominado em princípio de GasLub, a partir do segundo semestre de 2024 foi reinaugurado como Complexo de Energias Boaventura, nome dado em homenagem ao Convento Franciscano de São Boaventura, do século XVII, cujas imponentes ruínas estão localizadas na área do Complexo, sendo totalmente preservadas pela Petrobrás.

Riqueza Histórica e Cultural

Em Itaboraí encontra-se um importante patrimônio científico, com o mais antigo e importante sítio paleontológico do Brasil, onde foram encontrados, a partir da exploração de calcário na Fazenda São José, no início do século XX, um conjunto de fósseis pré-históricos, incluindo a presença de animais e plantas fossilizados que viveram na região entre 65 e 53 milhões de anos, no período Paleoceno, e outros que ali habitaram no Neopleistoceno, há cerca de 1 milhão de anos – entre eles uma preguiça gigante (Eremotherium sp.) que pesava várias toneladas e media cerca de 7 metros de comprimento. Além disso, o sítio guarda evidências da presença do homem em épocas remotas, talvez desde o Pleistoceno Médio. Por isso, o Parque Paleontológico de São José, criado por Lei Municipal na década de 1980, é um grande patrimônio científico, reconhecido internacionalmente como o “Berço dos mamíferos pré- históricos no Brasil”, que promove o interesse de vários pesquisadores desta área de estudo. Outras preciosidades são os mais de 50 sítios arqueológicos e sambaquis, encontradas na região do COMPERJ, e os resquícios de cemitérios indígenas de Itambi e Visconde de Itaboraí.

Itaboraí também possui um rico patrimônio histórico arquitetônico, em que se ressalta o conjunto das ruínas do Convento de São Boaventura – tombado pelo IPHAN –, que começou a ser construído em 1660. Suas ruínas são consideradas um dos mais belos e importantes conjuntos arquitetônicos religiosos da época da colonização brasileira, sendo a quinta construção da Ordem Franciscana no Brasil. Além do Convento, destaca-se o Centro Histórico da Praça Marechal Floriano Peixoto, com os prédios do período colonial e imperial, tais como: Igreja Matriz de São João Batista, Casa de Câmara e Cadeia, Palacete Visconde de Itaboraí – sede da Prefeitura Municipal, Teatro João Caetano, Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres e Casa Paulina Porto – sede da Secretaria Municipal de Cultura. Nas imediações do Centro Histórico estão ainda a Capela de Nosso Senhor do Bonfim, a Loja Maçônica Concórdia I e a Fonte da Carioca, do mesmo período histórico. Além disso, merecem atenção as construções jesuíticas da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Porto das Caixas (local em que a imagem do Cristo Crucificado verteu sangue, na década de 1960, gerando intensas romarias vindas de todo o país para a localidade) e da Igreja de São Barnabé, onde ainda persistem algumas construções do núcleo da Vila de Itambi como o casario, os antigos armazéns e a estação ferroviária, dentre as várias outras como as de Visconde, Venda das Pedras e Sambaetiba. Após o declínio do transporte fluvial e seus vários portos (como o até então importante porto das caixas), as estações tornaram-se os principais pontos de escoamento de produtos e pessoas com a chegada da ferrovia, na segunda metade do século XIX, estando em Porto das Caixas o primeiro Túnel Ferroviário do Brasil. Aliás, a herança da pujança econômica do município neste período também está visível na presença das fazendas: Patrimônio, Montevidio, Cabuçu, Conceição, São Tomé e Itapacorá, que teve sua capela restaurada em 2014.

Completando o rico patrimônio itaboraiense, a cultura imaterial também se destaca, especialmente na Arte Oleira; no artesanato manual; nas Festas Religiosas Católicas de São Barnabé, Nossa Senhora da Conceição, São Jorge, São Pedro e do padroeiro da cidade, São João Batista; e nas Folias de Reis e Bandas de Música, dentre outras que, embora com algumas mudanças, resistem ao tempo e às novas influências.

Referências:

  • https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/itaborai/panorama
  • https://www.modelarametropole.com.br/rmrj/#rmrj-regiao
  • https://www.alerj.rj.gov.br/

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Historia

“É por isto e por muito mais, é porque foi meu berço, e berço daqueles a quem mais amei e amo, é porque no seu seio tenho sepulturas queridas, é porque me guarda em seus lares amigos dedicados, é porque desejo ter em seus campos um abrigo na minha velhice que começa, e no seu cemitério um leito para dormir o último sono, é enfim por todos esses laços da vida e da morte que a Vila de Itaboraí me é tão querida.”

Joaquim Manoel de Macedo, O Rio do Quarto, 1869 _ Cap 01: Para se ler ou não ler. Escritor itaboraiense, maior romancista do século XIX. Autor do clássico “A Moreninha”.

Itaboraí, inserida no rol de cidades históricas do Estado do Rio de Janeiro, é o resultado da união de três importantes vilas do passado colonial e imperial do Brasil: Vila de Santo Antônio de Sá, a maior delas, segunda formação após a Vila de São Sebastião do Rio de Janeiro e primeira povoação do recôncavo da Guanabara; Vila de São João de Itaborahy, inicialmente uma parada de tropeiros que mais tarde se tornaria o maior produtor açucareiro da região e principal entreposto comercial ligando o norte fluminense a capital da província; e Vila de São José Del Rey (conhecida como São Barnabé, ou Itambi), cuja região fora um importante Aldeamento Jesuítico entre os índios Goiatacazes, Maromomis, Tamoios, Tupinambás e especialmente os Termininós, do Cacique Araribóia.

Para conhecer a história de Itaboraí, é importante compreender como se deu, no século XVI, o processo de povoamento de toda essa região, e que sua ocupação territorial foi condicionada a diversas variáveis, como a proximidade de rios navegáveis que funcionavam como caminhos d’água, a situação do sertão do Macacu, os fins catequistas das Companhia de Jesus – no caso dos Jesuítas na região de Cabuçú e Itambi –, ou mesmo as localizações estratégicas em rotas de tropeiros, situação de Itaboraí, o que também acabou beneficiando o desenvolvimento econômico de importantes fazendas com os seus grandes engenhos de açúcar e o prestígio de influentes políticos que se destacaram na província, dentre outras razões que influenciaram no surgimento e decadência das citadas vilas. Daí a importância de destacarmos cada uma delas.

A antiga Vila de Santo Antônio de Sá

É no século XVI que se dá a ocupação dos “sertões do Macacu” pelos colonizadores portugueses, após a retomada da Baía de Guanabara da “invasão” francesa e a fundação da Vila de São Sebastião do Rio de Janeiro. Com o intuito de povoar e proteger a região de novas invasões, foram divididas e doadas sesmarias. Em 1567 o fidalgo português Miguel de Moura recebeu uma grande extensão de terras na planície do Rio Macacu. Entretanto, este não a fez prosperar e foi obrigado a doá-las aos padres jesuítas, tidos como ótimos administradores e produtores, além de “domarem as almas nativas ao Cristianismo.” Em 1612, os jesuítas venderam parte do lote recebido a Manoel Fernandes Ozouro, que fundou uma capela dedicada a Santo Antônio e possibilitou, a partir desta, a formação de um povoado, que logo se tornou uma freguesia e cresceu a passos largos, incorporando novos povoados. Em 1697, fruto do sucesso de crescimento e de produção, o governador da capitania do Rio de Janeiro chamado Arthur de Sá e Menezes elevou a freguesia à categoria de Vila (comparável ao que conhecemos hoje como município), recebendo o nome em homenagem ao santo padroeiro e ao governante. A Vila de Santo Antônio de Sá fora a primeira, no Recôncavo da Guanabara, elevada à tal categoria, situada às margens do Rio Macacu (Na mesma região que hoje abriga o antigo Comperj, agora Complexo de Energias Boaventura).

O ato de criação da vila de Santo Antônio de Sá constitui uma fonte rica de informações sobre a estrutura política, econômica e social que estava sendo criada no sertão do Macacu. A maior parte das terras pertencia a um grupo muito pequeno de indivíduos, com os laços familiares entre eles que garantiam o controle das terras, fosse por casamento ou herança. Assim estavam presentes naquela solenidade membros das famílias Duque Estrada, Sardinha, Silva, Costa Soares, Pacheco Drumond e Azevedo Coutinho (às vezes escrito Azeredo Coutinho). Cada família era associada a uma parcela do território: por exemplo, os Azevedo Coutinho e os Sardinha eram donos de terras e engenhos em Itapacorá; os Sardinha também eram proprietários em Macacu e Guaxindiba, e assim por diante (Forte,1984).

Em 1778, Santo Antônio de Sá abrangia as freguesias de Santíssima Trindade; Nossa Senhora da Ajuda de Sernambetiba ou Nossa Senhora da Ajuda de Aguapei Mirim (hoje Guapimirim);

Nossa Senhora da Conceição de Rio Bonito e São João de Itaboraí. Em conjunto, experimentaram um grande desenvolvimento econômico, parte disto em razão de sua localização, tendo em toda a região importantes portos fluviais (como, por exemplo, o porto das caixas), que recebiam além da sua produção, a da região serrana e interior fluminense, tornando a Vila de Santo Antônio de Sá um relevante entreposto comercial de onde inúmeras mercadorias eram escoadas através de seus rios (como o Macacu, Caceribu e Aldeia), principalmente para o Rio de Janeiro.

Porém, anos de desmatamento desordenado transformaram as áreas aráveis em charcos, e o consequente assoreamento dos rios não só foi destruindo o potencial produtivo, como a navegação fluvial, além de cooperar com a proliferação de mosquitos, vetores de doenças como a febre amarela e a malária, o que resultou, a partir de 1829 no início da extinção da Vila (então a mais atingida pelas doenças). As chamadas “Febres do Macacu” foram tão marcantes que nos anos que se seguiram as pessoas evitavam retornar ao lugar devido ao medo que se instalou. Num ofício ao Marquês de Caravelas, Ministro e Secretário dos Negócios do Império, em 25 de agosto de 1830, Francisco José Alves Carneiro, Juiz de Fora da Vila de Santo Antônio de Sá, fazia saber sobre a Vila já se encontrar quase deserta, contando talvez, com meia dúzia de homens, levando-se em conta que a Vila chegou a ter uma população de aproximadamente 19.000 “almas”. Novos estudos também fazem crer que tal situação se agravara ainda por interesses políticos de grandes produtores de outras freguesias e regiões.

Além da sede da Vila, com a Casa de Câmara e a Igreja Matriz de Santo Antônio, seu maior destaque foi o Convento Franciscano de São Boaventura, inaugurado em 1670, após dez anos de construção, funcionando de 1672 até 1784 quando acabou o período do noviciado. Em 1841, o último Guardião do Convento – como era denominado o frade responsável por uma casa conventual na ordem franciscana – abandonou-o, sendo assim desativado definitivamente. Hoje, são as suas ruínas que ostentam a outrora história de importância da antiga Vila no desbravamento do que os antigos chamavam de os “Sertões do Macacu”.

A Vila de São José Del Rey

A formação da Vila de São José Del Rey está intimamente ligada à instalação, em 1579, do Aldeamento cristão de São Barnabé, posteriormente elevado à Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Itamby, em 1759, e assim anexado à importante Vila de Santo Antônio de Sá.

Contudo, devido a seu desenvolvimento, a freguesia fora nomeada Vila de São José Del Rey, por força de Alvará em 1773, sendo assim denominada em homenagem ao aniversário do Príncipe Dom José de Portugal, pelo então Vice-Rei e Governador do Brasil Dom Luiz de Vasconcelos e Souza, o Marquês do Lavradio. Mesmo tornando-se independente de Santo Antônio de Sá, somente onze anos depois houve a instalação da Justiça e da Câmara naquela que seria uma das importantes vilas do recôncavo da Guanabara, por estar situada a pouco mais de dois quilômetros da foz do rio Macacu, o que tornava as terras férteis e possibilitava o transporte fluvial. Atribui-se a isso o fato da mudança do local do Aldeamento, inicialmente instalado em terras do Cabuçu, também em território hoje itaboraiense, porém remanejado para a região do atual distrito de Itambi.

Inicialmente, praticamente toda a região do estado do Rio de Janeiro, incluindo os sertões do Macacu, era uma terra de nativos indígenas, até a chegada dos colonizadores portugueses que para cá vieram com o objetivo de expulsar os franceses que haviam se estabelecido na Baía de Guanabara. Para isso, aliaram-se ao Cacique Araribóia, líder dos Temininós. Com a vitória, o governo português doou ao cacique as terras onde foram fundados os Aldeamentos de São Lourenço (atual Niterói) e São Barnabé. Lá os indígenas aliados se estabeleceram e deram o nome à região pertencente ao recôncavo da Baía, mantendo o topônimo de origem tupi que, segundo Teodoro Sampaio, significa Ita = pedra, e Mbi = alto, erguida, alçada, ou seja, “Pedra em Pé”, denominação esta dada a toda a área que compreendia os sertões do Macacu.

O aldeamento de São Barnabé fazia parte de uma estratégia de segurança dos colonizadores portugueses que, junto com os aldeamentos de Itaguaí, São Lourenço (Niterói), São Pedro (São Pedro D’aldeia) e Macaé serviam para guardar a costa em torno do Rio de Janeiro contra possíveis invasões de nações inimigas (franceses e holandeses) e também funcionavam como locais de produção de mão de obra e catequização indígena. Assim, eram administrados pelos padres da Companhia de Jesus (jesuítas), porém com muitas intervenções da Coroa Portuguesa e de Colonos que constantemente recolhiam os aldeados para o trabalho braçal. Como aconteceu em outras vilas, há registros de que os índios que ali existiam foram levados a participar do processo de desmatamento das áreas circunvizinhas à Baía da Guanabara, para que se realizasse o plantio da cana de açúcar e a construção de fortalezas e engenhos. Estes teriam sucumbido diante do trabalho pesado, uma das razões pelas quais podem ser encontrados inúmeros enterramentos indígenas na região, sendo posteriormente substituídos pelos escravos provenientes do continente africano.

A dizimação da população nativa gerou conflitos entre os religiosos e o governo português, que culminaram com a expulsão da Companhia de Jesus do Brasil, em 1759, por determinação do Marquês de Pombal. Querendo aprofundar a utilização dos nativos como meio para ampliar o domínio e a exploração do território, o governo português planejou fazer dos indígenas agentes do processo de colonização, dando-lhes inclusive a posse das terras e transformando os aldeamentos em Vilas. Desse modo, em 1773, São Barnabé foi o único aldeamento do Rio de Janeiro elevado a esta categoria administrativa, recebendo o nome de Vila de São José Del Rey. Mas esse percurso de mudanças de categorias administrativas não foi tão simples, envolvendo avanços e retrocessos. Ademais, os indígenas eram constantemente enganados e roubados, não conseguindo manter sua propriedade e liberdade.

Diante da política pombalina, pouco sobrou do aldeamento considerado como sendo um dos mais civilizados. A própria Vila de São José Del Rey teve vida curta. Apesar de se tornar independente ao ser elevada à Vila e logo depois incorporar a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Itamby (ou Tamby), que pertencia a Santo Antônio de Sá, em 1833 foi extinta e seu território ficou vinculado à já importante recém-criada Vila de São João de Itaborahy. Em 1840, criou-se o distrito de Vila Nova de Itamby, abrigando todo o território onde antes fora o Aldeamento de São Barnabé, a Vila de São José Del Rey e a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Itamby, sendo renomeado posteriormente de Vila Nova de Itambi e, em 1911, finalmente apenas de Itambi.

A Vila de São João de Itaborahy

Com relação ao povoamento, Itaboraí, também conhecido como Tapacorá ou Itapacorá, era uma região conhecida nas crônicas “Reminiscências de Itaboraí”, do escritor e acadêmico Salvador de Mendonça e publicadas no jornal “O Brasil”, de 1907, da seguinte forma, como fala o autor:

“No século XVII, o governador Salvador Corrêa de Sá mandou abrir a estrada de Campos dos Goytacases a Niterói. Essa estrada passava pela colina de Itaboraí, caminho de Vila Nova e São Gonçalo. No alto da colina, à beira dessa estrada, havia uma fonte sob um bosque frondoso. Tornou-se esse lugar um ponto de parada para as tropas que por ali transitavam. Levantaram-se ranchos ao lado oposto da fonte, esses ranchos foram as primeiras casas itaboraienses. A fonte dera o nome ao lugar – ITABORAÍ, que quer dizer “Pedra Bonita Escondida na Água”, e essa denominação nascera de haver, no fundo da fonte, metido na pedra, um pedaço de quartzo que despertara a atenção dos índios do lugar.”

Defende-se, até os dias atuais, que o altar-mor da igreja Matriz de São João Batista fica exatamente sobre essa fonte, cujas águas foram canalizadas pelo subterrâneo, colina abaixo, até desembocar na “Fonte da Carioca”, construída para abastecimento da população que residia na parte baixa da Vila de São João de Itaboraí.

O povoado de São João de Itaboraí surgiu em 1622, como de costume àquela época, a partir da construção de uma capela na antiga fazenda do Iguá, na então freguesia de Tapacorá, por obra do proprietário de terras João Vaz Pereira. Com o tempo, tal povoado foi se configurando como importante ponto de passagem para tropeiros que viajavam entre Campos dos Goytacazes e Niterói, levando tropas de mulas e cavalos com muitas mercadorias, de uma localidade para outra. Numa iniciativa desses trabalhadores viajantes, em 1672, cinquenta anos depois da construção da primeira capela, cujo prédio já estava em condições precárias, foi erguida uma outra igrejinha, dedicada à São João Batista, agora localizada no alto da colina onde hoje é o centro histórico e administrativo do município de Itaboraí. Ali, as tropas paravam para descansar e pernoitar. Vale ainda destacar que esses tropeiros, durante a viagem, também faziam paradas na Venda das Pedras, na Vila de Santo Antônio de Sá e seu importante arraial – Porto das Caixas –, na Vila de São José Del Rey, atual Itambi, e nas terras do atual município de São Gonçalo, até chegar a Niterói. O tropeirismo foi uma atividade que esteve intimamente ligada, desde o século XVII, ao desenvolvimento regional do Brasil em todos os âmbitos – social, econômico e cultural. E em Itaboraí não foi diferente.

O povoado de São João de Itaboraí foi crescendo e se desenvolvendo com rapidez. Em 1696 já havia se tornado uma freguesia. Assim, em 1742, a capela da colina foi substituída por uma maior, a atual edificação da Igreja Matriz de São João Batista (até hoje o santo padroeiro do Município) e esta construção é um dos símbolos históricos mais importantes da cidade, destacando-se não só entre os prédios do patrimônio arquitetônico itaboraiense como um símbolo religioso e de ritos culturais, lembrando que tal destaque vem da influência e atuação do Cristianismo católico no processo da colonização portuguesa no Brasil.

Os vários engenhos de açúcar que já existiam pela região, até então de Santo Antônio de Sá, foram os responsáveis pelo desenvolvimento de Itaboraí, sendo a principal atividade econômica do vale do Macacu-Caceribu durante todo o período colonial até o séc. XX. É preciso lembrar que o açúcar foi durante séculos um dos produtos tropicais mais valorizados no mercado estrangeiro e por isso tornou-se o principal produto de exportação das pequenas colônias luso-brasileiras que foram sendo implantadas na costa atlântica, logo que os primeiros colonizadores verificaram a aptidão de algumas terras para seu plantio. Além dele, a produção de aguardente também era relevante, juntamente com a farinha de mandioca e, em meados do século XIX também o café, embora não tão expressivo quanto a cana.

Deste modo, em 1821, a freguesia de São João de Itaboraí já contava com 1.250 residências, 3.082 habitantes livres e 6.564 escravizados, dados que demonstram uma expressiva dinâmica econômica e uma importante elite senhorial e, consequentemente, influência política. Com os constantes alagamentos e o início da decadência da Vila de Santo Antônio de Sá, partir de 1829, São João de Itaboraí passa a se destacar ainda mais e, em 15 de janeiro de 1833 é elevada ao patamar político-administrativo de Vila, tornando-se independente de Santo Antônio de Sá e incorporando, paulatinamente, seus territórios, como a Vila de São José Del Rey, o importante arraial de Porto das Caixas e a região da sede daquela primeira vila, hoje o distrito de Sambaetiba, bem como a freguesia de Tapacorá (ou Itapacorá), hoje os distritos de Cabuçu e Pachecos. A nova vila teve seu primeiro governo, formado pela Câmara de Vereadores, instaurado em 22 de maio de 1833. Dois anos depois foi solicitado ao presidente da Província, o Visconde de Itaboraí, a construção de sua Casa de Câmara e Cadeia, iniciada em 1836 e finalizada em 1840, no paço da Matriz.

A importância política e econômica

Em todo este processo de desenvolvimento, o povoado de Porto das Caixas, surgido no início do século XVIII e que esteve então ligado a Santo Antônio de Sá, foi de suma importância. Seu destaque e seu nome vêm do movimento do porto fluvial que se tornou um importante entreposto comercial, responsável pelo recebimento e escoamento da produção agrícola de nossa região e do interior fluminense, que era encaixotada e ali estocada, ficando o local lotado de caixas, até serem transportadas pelo rio Aldeia à Baía da Guanabara, para de lá seguirem rumo à Europa. Com o seu crescimento, Porto das Caixas chegou a ter uma ativa vida cultural, contando com dois teatros e um comércio muito bem estabelecido. Contudo, com a decadência do transporte fluvial e a posterior inauguração da Estrada de Ferro ligando Porto das Caixas a Cantagalo, em 1860, e do ramal ferroviário da Carril Niteroiense, em 1874, ligando Niterói (então capital da Província do Rio de Janeiro) diretamente ao interior fluminense, viabilizando o escoamento mais vantajoso especialmente da produção cafeeira da região serrana, e mesmo da Vila de São João de Itaboraí – que passou a também produzir café nas primeiras décadas do século XX. Deste modo, o antigo entreposto de Porto das Caixas, já ligado à Vila de São João de Itaboraí, entrou em declínio.

“Ao entrar na pequena vila, senti pedras sob a relva brava da estrada, onde meu passo incerto contou com o ritmo de geração e aquelas Lages contaram-me que aquilo fora uma rua onde faiscaram cascos, de cavalo de estirpe, conduzindo grandes senhores, de numerosa escravatura e barcos…”

Guilherme de Almeida – Cronista, descrevendo uma visita a Porto das Caixas em 1927.

A região da Vila de São João de Itaborahy continuou a apresentar excelentes resultados econômicos e, consequentemente, isso manteve sua importância e seu destaque na região, aliado às influências de personagens itaboraienses que se destacavam na política e na cultura junto à Corte Portuguesa no Brasil, como Visconde de Itaboraí, Alberto de Seixas Martins Torres, o Barão de Itapacorá e o Barão de Itambi, Salvador de Mendonça, Joaquim Manuel de Macedo e João Caetano dos Santos dentre outros, ao ponto de Itaboraí chegar a ser indicada, em 1835, juntamente com a Vila Real da Praia Grande (atual Niterói), para ser a capital da Província do Rio de Janeiro, perdendo a disputa por questões políticas por apenas um voto.

A chegada da estrada de ferro a então vila de Itaborahy deu um certo alento ao comércio – principalmente nas localidades que contavam com estações ferroviárias, permitindo o crescimento urbano e sua transformação de vila em cidade, por Decreto Estadual em 1890. Aos poucos delimitando seu território, a abertura de rodovias e as obras de drenagem das regiões alagadiças dos municípios da região da baixada litorânea deram novo impulso à economia e urbanização. No século XX, depois de um período de declínio, surge uma nova e forte produção agrícola, principalmente de cítricos, com destaque para a laranja, especialmente nas décadas de 50 e 60. Nesse período, Itaboraí se tornou o maior produtor dessa cultura no Rio de Janeiro, e o segundo no Brasil, chegando a ser conhecida como “Terra da Laranja”. Já a arte em cerâmica, que esteve sempre presente na cultura e na economia do município, sendo 14 encontrados registros dentre os indígenas, nos ritos religiosos dos jesuítas e nos próprios engenhos que possuíam pequenas olarias para confecção em argila dos invólucros para transporte de açúcar, e nas telhas moldadas nas coxas dos escravos, e cuja tradição se perpetuou até os dias atuais, foi ampliada pela indústria ceramista, primeiramente com a chegada de novos colonos portugueses entre 1897 e 1912 e na chegada de novas tecnologias na década de 40, mecanizando a produção, que atingiu seu auge nas décadas de 1970 a 1990 com o município sendo o maior produtor de telhas e tijolos do estado, exportando para outras regiões do Brasil.

A construção da ponte Rio-Niterói acelerou o processo de urbanização em Itaboraí, que a partir da década de 1970 se tornara uma “cidade-dormitório”, estimulando uma especulação imobiliária que criou novos problemas ambientais na região, pois as antigas áreas de plantações de laranja foram convertidas em loteamentos sem nenhuma infraestrutura urbana, em praticamente todos os distritos (além do desmatamento no período colonial e imperial, da extração irregular da tabatinga e da poluição das chaminés sem filtro pelas indústrias da cerâmica. _ cabe lembrar que não haviam políticas públicas organizadas ou definidas de zoneamento urbano e nem leis muito claras, às épocas). Hoje, o município assume todo o ônus daquele processo, inclusive chegando a ser considerada uma região de baixo IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. Ainda atualmente, Itaboraí tem boa parte de sua população empregada na capital, na região metropolitana e em alguns municípios da Baixada Fluminense, mas vive uma inversão econômica com novos empreendimentos, transformando-se de cidade satélite (quando da implantação da primeira Estação Terrena da Embratel no Brasil, em Tanguá – na ocasião 5º distrito do município), ou de cidade dormitório, numa cidade polo para, pelo menos, 12 municípios circunvizinhos, a partir da implantação do COMPERJ, atual Complexo de Energia Boaventura, constituindo uma nova geografia socioeconômica na região.

Referências:

  • ANJOS, Carla Souza de Almeida dos [et al.]. Itaboraí, seus valores e suas riquezas: estudos regionais; fundamental; anos finais. Fortaleza; Ed. Lunna, 2021.
  • BELTRÃO, MARIA DA CONCEIÇÃO DE MORAES COUTINHO [et al.]. O Parque Paleontológico de São José de Itaboraí (Rio de Janeiro) e seu Entorno Arqueologia da Paisagem: da Pré-História à História; a Implantação da Segunda Indústria de Cimento Portland no Brasil; a Vila de São José de Itaboraí e seu declínio. Disponível em: Microsoft Word – ParquePaleontologico.doc (sbpbrasil.org) Acesso em: 12/09/2024.
  • CORRÊA, L. R. A. De São Barnabé à Vila Nova de São José D’el Rei: tensões e conflitos étnico-sociais em um aldeamento do Rio de Janeiro sob o Diretório dos Índios (1758-1798). Revista Cantareira, n. 17, 5 fev. 2019. Disponível em: De São Barnabé à Vila Nova de São José D’el Rei: tensões e conflitos étnico-sociais em um aldeamento do Rio de Janeiro sob o Diretório dos Índios (1758-1798) | Revista Cantareira (uff.br) Acesso em: 10/09/2024.
  • EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E ARQUEOLOGIA DO VALE DO MACACU. “Guia Temático”. Rio de Janeiro: Museu Nacional/UFRJ, 2013.
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  • FORTE, José Matoso Maia. “Vilas Fluminenses Desaparecidas – Santo Antônio de Sá”. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal de Itaboraí, 1980.
  • FREIRE, José Ribamar B.; MALHEIROS, Márcia F. Os aldeamentos indígenas do Rio de Janeiro. Disponível em: Rio Multicultural – reportagens – Os indígenas e a construção do Rio de Janeiro, 2018. Acesso em 12/09/2024.
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  • ITADADOS 2018. Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, Prefeitura Municipal de Itaboraí. 2ª edição, Itaboraí, 2018.
  • MACHADO, Lia Osorio. Gente do Caceribu, sua Geografia, sua história. Disponível em: Diagnóstico Sócio- Econômico da Bacia do Caceribu-RJ (ufrj.br), s/d. Acesso em 12/09/2024.
  • MARCELO, Werner da Silva. A implantação ferroviária no Estado do Rio de Janeiro: 1854-1898. Revista Geográfica da América Central [em linea]. 2011. Disponível em: Cómo citar – A IMPLANTAÇÃO FERROVIÁRIA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: 1854-1898 (redalyc.org). Acesso em 13/09/2024
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  • REZNIK, Luiz [et al.]. Patrimônio Cultural do Leste Fluminense: História e Memória de Itaboraí, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Tamguá. Rio de Janeiro, EdUERJ; 2013.
  • RIBEIRO, Berta. O índio na costa do Brasil. São Paulo: Global, 2009.
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Região Metropolitana

A Região Metropolitana do Rio de Janeiro ostenta um PIB de mais de R$ 400 bilhões, constituindo o segundo maior polo de riqueza nacional. Há muitos anos, congrega o segundo maior polo industrial do Brasil, contando com refinarias de petróleo, indústrias navais, metalúrgicas, petroquímicas, gás-químicas, siderúrgicas, têxteis, gráficas, editoriais, farmacêuticas, de bebidas, cimenteiras e moveleiras. No entanto, as últimas décadas atestaram uma nítida transformação em seu perfil econômico, que vem adquirindo, cada vez mais, matizes de um grande polo nacional de serviços e negócios. A área reúne os principais grupos nacionais e internacionais do setor naval e os maiores estaleiros do país e do estado, com cerca de 90% da produção de navios e de equipamentos offshore no Brasil.

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Atual Prefeito de Itaboraí
Marcelo Jandre Delaroli

Obs: O chefe do poder executivo municipal até 1922 era o presidente da Câmara. Somente a partir de 1923 se instituiu a figura do prefeito para o poder executivo e o presidente da Câmara apenas para lidera aquela a Casa de Leis.

De 1894 a 1901 – Vigário Joaquim Mariano de Castro Araújo.
De 1901 a 1902 – Dr. Joaquim Pereira dos santos e Cap. Brasilino Itajaí Leal.
Em 1903 – Ten. José Francisco Ribeiro de Mendonça
Em 1904 e 1905 – Cap. Brasilino Itajaí Leal
Em 1906 – Dr. Fidélis de Azevedo Alves
Em 1907 e 1908 – Ten. Cel. José Joaquim Alves e Cap. Brasilino Itajaí Leal
Em 1909 – Ten. Cel. José Joaquim Alves
De 1910 a 1913 – Dr. José Bernardino Batista Pereira
De 1914 a 1916 – Ten. Antônio Francisco da Silva Leal
De 1917 a 1922 – Cap. Antônio Ferreira Torres, Cap. José Joaquim Barbosa e Ten. Antônio Francisco da Silva Leal.

Prefeitos Eleitos de 1923 a 2013
Coronel João Magalhães – Outubro de 1923 a Maio de 1927
Major Bráulio Simões Soares – de Maio a Dezembro de 1927
Coronel João Magalhães – de Dezembro de 1927 a Novembro de 1929
Cap. Alfredo Ferreira Torres – de Novembro de 1929 a Dezembro de 1930

Prefeitos Interventores

Drº Sylvio Costa – de Dezembro de 1930 a Novembro de 1933
Drº Jonatas Pedrosa Filho – de Novembro de 1933 a Dezembro de 1935
Coronel Joaquim José Soares – de Dezembro de 1935 a Janeiro de 1936
Major Antônio Trindade Secundino de Oliveira – de Maio a Agosto de 1936
Coronel Joaquim José Soares – de Agosto de 1936 a Setembro de 1939
Drº Vicente Pereira da Fonseca – de Setembro de 1939 a Fevereiro de 1940
Drº Celso Rocha Nogueira da Silva – de Fevereiro de 1940 a Dezembro de 1943
Drº João Augusto de Andrade – de 16 de Dezembro de 1943 a 03 de Novembro de 1945

Nota: Durante o período de 3 de novembro de 1945 a 31 de janeiro de 1947, ocuparam o cargo de Prefeito, alternadamente: a Sra Nisa Nóbrega da Silva (3/11/1945); O engenheiro Arly Barbosa Coutinho (20/11/1945); o tabelião Antônio Alves Vianna (26/3/1947); o médico Odilon Bastos (18/9/1947) e o próprio João Augusto de Andrade (22/2/1946)

Prefeitos e presidentes da Câmara

Drº João Augusto de Andrade – 22 de Fevereiro de 1947 a 31 de janeiro de 1951

Presidentes da Câmara: Alziro Simões da Fonseca, Antônio Duarte Lopes e Manoel Novis da Silva.

Roberto Pereira Santos – 31 de Janeiro de 1951 a 31 de Janeiro de 1955

Presidente da Câmara: Sra. Margarida Leal

Símaco Ramos de Almeida – 31 de Janeiro de 1955 a 31 de Janeiro de 1959

Presidentes da Câmara: João Gualberto de Quadros Mendonça, Gastão dos santos Ribeiro, Ercole Amêndola Filho e Alziro Simões de Fonseca.

Roberto Pereira Santos – 31 de Janeiro de 1959 a 13 de Março de 1961

Presidentes da Câmara: Francisco Nunes da Silva e Gastão dos Santos Ribeiro

Gilberto de Paula Antunes – 13 de março de 1961 a 31 de Janeiro de 1963

Presidente da Câmara: Accácio Campos dos Santos

João Baptista Cáffaro – 31 de Janeiro de 1963 a 31 de Janeiro de 1967

Presidentes da Câmara: Nelson Almada Abreu, Luiz Carlos Braga e João Batista Nunes

Jonas Dias de Oliveira – 31 de Janeiro de 1967 a 31 de Janeiro de 1971

Presidentes da Câmara: Accácio Campos dos Santos, Durval Pereira Guimarães e Dr. Daniel das Silva Costa Jr.

Alvaro de Carvalho Junior – 31 de Janeiro de 1971 a 31 de Janeiro de 1973

Presidentes da Câmara: Dr. Zeno Neves e Dr. Daniel da Costa Jr

Francisco Nunes da Silva – 31 de Janeiro de 1973 a 31 de Janeiro de 1977

Presidentes da Câmara: Edgar Rodrigues da Silva, (73 e 74) e Dr. Fabiano Barros (75 e 76)

Milton Rodrigues Rocha – 01 de Fevereiro de 1977 a 31 de Janeiro de 1983

Presidentes da Câmara: Jailson José Cardoso (1977 e 1978), Edgar Rodrigues da Silva (1979 e 1980) e Geraldo Saraiva de Miranda (1981 e 1982)

João Batista Cáffaro – 31 de Janeiro de 1983 a 31 de Janeiro de 1989

Presidentes da Câmara: Edgar Rodrigues da Silva (1983 e 1984), Raymundo Leone (1985 e 1986) e Jorge Antônio Pinto de Araújo (1987 e 1988)

Sergio Alberto Soares – 01 de Janeiro de 1989 a 31 de Dezembro de 1992

João Cesar Cáffaro – 01 de Janeiro de 1993 a 31 de Dezembro de 1996

Sergio Alberto Soares – 01 de janeiro de 1997 a 31 de Dezembro de 2000

Cosme José Salles – 01 de Janeiro de 2001 a 31 de Dezembro de 2004

Cosme José Salles – 01 de Janeiro de 2005 a 31 de Dezembro de 2008

Sergio Alberto Soares – 01 de janeiro de 2009 a 31 de Dezembro de 2012

Helil Barreto Cardozo – 01 de Janeiro de 2013 até 31 de Dezembro de 2016

Sadinoel Oliveira Gomes Souza – 01 de Janeiro de 2017 até 31 de Dezembro de 2020

Marcelo Jandre Delaroli – 01 de Janeiro de 2021 até agora.

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