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São Gonçalo e Itaboraí se unem no combate à dengue
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Publicado em 27/03/2013
Um mutirão de combate à dengue, com mais de 300 agentes de endemias, comandado pelos prefeitos de São Gonçalo, Neilton Mulim, e de Itaboraí, Helil Cardozo, percorreu os bairros do Marambaia e Apolo 3 na manhã da última terça-feira. A ação, que também contou com apoio do Governo do Estado, visitou casas e comércios e orientou a população sobre os perigos da doença. Larvas do mosquito Aedes aegypti foram encontradas em vários pontos.
A operação de guerra contra a dengue ocorreu na divisa dos municípios, que decretaram epidemia da doença este mês. Munidos com carros fumacê, caminhões, retroescavadeiras e muitos panfletos, agentes de endemias, ambiental e controle de vetores se dividiram em grupos e promoveram uma varrição nos bairros.
“A guerra contra o mosquito da dengue é de todos. Estamos fazendo a nossa parte, como Poder Público, mas a população tem um papel fundamental, pois 80% dos focos estão nas residências. Aqui mesmo nossos agentes encontraram pneus abandonados com larvas do mosquito”, informou Mulim, acompanhado do prefeito de Itaborai, Helil Cardozo, e da subsecretária estadual de Governo, Cristiane Amaral.
Em São Gonçalo já foram registrados, neste ano, 3,4 mil casos de dengue, no mesmo período do ano passado, foram 960. Já Itaboraí, registrou 1993 casos, enquanto no mesmo período de 2012, foram registrados 973.
Segundo levantamento do Ministério da Saúde, Itaboraí atingiu 2,4% e São Gonçalo 2,5% no Levantamento de Índice Rápido (Lira), sendo considerados localidades de alto risco. Um idoso de 66 anos morreu na última quinta, em São Gonçalo, vítima de dengue hemorrágica. Segundo a Prefeitura de Itaboraí, a cidade ainda não registrou óbito.
“Estamos desenvolvendo uma ação conjunta com a Prefeitura de Itaboraí, que aborda prevenção, orientação e combate efetivo ao mosquito da dengue, sobretudo conscientizar a população para que tenha cuidados”, disse o prefeito de São Gonçalo, Neilton Mulim.
Já o prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo, ressaltou a parceria com o Governo do Estado e com a Prefeitura de São Gonçalo, que cederam agentes para a realização da ação.
“Todos os agentes estão envolvidos nesse combate. É importante ressaltar que pegamos uma administração que deixou a desejar nesse quesito e, por isso, é importante dizer que estamos nos desdobrando para diminuir o percentual de infestação”, ressaltou o prefeito de Itaboraí Helil Cardozo.
Em Itaboraí, os bairros mais atingidos são Ampliação, Manilha, Nova Cidade e Venda das Pedras. De acordo com o secretário municipal de Saúde de Itaboraí, Edilson Francisco dos Santos, todos os casos estão sendo monitorados e os agentes de endemias do Município estão reforçando os trabalhos por toda a cidade.
Já em São Gonçalo, Jardim Catarina, Pacheco, Marambaia, Vista Alegre, Guaxindiba, Monjolos e Porto Novo, foram os bairros registrados com alto índice do mosquito.
Medidas – Nesta quarta-feira, às 9h, a Prefeitura de São Gonçalo vai inaugurar o Centro de Hidratação do Polo de Saúde Washington Luís, no Bairro do Zé Garoto. Além disso, o Pronto-Socorro Mário Niajar, em Alcântara, ampliou o atendimento para receber as vítimas da doença.
Em Itaboraí, diariamente, cerca de 300 agentes de controle a endemias, do Programa Municipal de Combate à Dengue (PMCD), visitam residências e áreas de difícil acesso para encontrar focos de criadouros de mosquito.
Relatório – Durante a 12ª semana epidemiológica de 2013 (de 1º de janeiro até 23 de março) foram notificados 69.343 casos suspeitos de dengue no estado do Rio de Janeiro, com quatro óbitos, em Magé, Volta Redonda, Itaocara e São Gonçalo. Os dados de casos notificados foram compilados pela Secretaria de Estado de Saúde a partir de informações inseridas no sistema pelos municípios até 13h de 26 de março de 2013.
Durante a 12ª semana epidemiológica de 2012 foram notificados 48.361 casos suspeitos de dengue no estado, com doze (12) óbitos.
Epidemia – Dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, 42 estão em epidemia, mas a lista de cidades nessa situação teve alteração em relação à semana passada. Nove municípios entraram na relação de epidemia.
Entre os critérios considerados para que um município entre em epidemia está o registro de mais de 300 casos por 100 mil habitantes, curva ascendente de transmissão da doença sustentada por três semanas ou mais consecutivas, e com números acima do limite esperado para a localidade num determinado período de tempo.
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