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Prefeitos cobram investimentos da Petrobras na região do Comperj

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Publicado em 19/04/2013

Saiu na MídiaO Globo – 19/04/2013

RIO – Prefeitos de 15 municípios que integram o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região Leste Fluminense (Conleste) se encontram na tarde desta sexta-feira em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, para discutir os problemas da região e cobrar contrapartidas da Petrobras para amenizar os impactos da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). É primeira reunião presidida pelo novo presidente do Conleste, o prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo.
Durante o encontro, o Secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Felipe Peixoto, vai apresentar o plano estadual para desenvolvimento da região, que inclui os municípios de Niterói, São Gonçalo e Maricá que, juntamente com Itaboraí, serão os que sofrerão o maior impacto com a construção do Comperj. Desde o início das obras, Itaboraí registra uma população flutuante de cerca de 50 mil pessoas:
— Junto com o Comperj estão chegando problemas graves de mobilidade urbana, saúde pública, habitação e educação. Temos um déficit de quatro mil vagas na rede de ensino somente em Itaboraí. A Petrobras até hoje não fez nenhum investimento na região, só apresentou promessas. Desde janeiro tentamos, em vão, uma audiência com a presidente da empresa, Graça Foster – lamentou Cardozo.
Na reunião de hoje, os prefeitos vão discutir os problemas de ligação viária entre os municípios. Eles querem a abertura de novas vias de acesso ao Comperj para tirar o tráfego pesado dos centros urbanos. Vão discutir também os problemas de saúde pública e falta de investimentos federais no setor. No início do ano, os prefeitos rejeitaram um estudo encomendado pela Petrobras para a região.
— Precisamos de um plano global de desenvolvimento para toda a região impactada pelo Comperj. O estudo que nos apresentaram tinha apenas seis folhas. Só estamos conseguindo obras de saneamento básico em 42 quilômetros de ruas graças a uma contrapartida exigida pelo Inea para liberar uma licença ambiental – acrescentou o presidente do Conleste.
Segundo Helil Cardozo, o Comperj deveria ser inaugurado neste ano. Os atrasos, contudo, adiaram a inauguração para 2015 ou 2016.
— Este atraso prejudicou muito as empresas que apostaram no projeto e fizeram investimentos. Até agora, o governo do estado tem sido parceiro dos municípios, mas a Petrobras vem se mostrando intransigente – concluiu Cardozo.

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