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Mais atenção às cidades afetadas pelo Comperj
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Publicado em 20/04/2013
O Fluminense – 20/04/2013
Elaborar uma pauta de reivindicações para a Petrobras é prioridade do prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo, que assumiu a presidência do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense, Conleste. O presidente alega que a empresa não tem dado a devida atenção para os municípios afetados pelas obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).
“A Petrobras não está construindo aqui (em Itaboraí) uma padaria, mas um empreendimento enorme, e a empresa não trata a questão do impacto causado nos municípios com a responsabilidade como deve ser tratada”.
A eleição de Helil Cardozo para a presidência do Conleste se deu por unanimidade no dia 5 deste mês, quando todos os 11 prefeitos presentes – quatro não compareceram – o escolheram como seus representantes. Helil não vê problemas em acumular as funções.
“É uma questão apenas de me organizar. Entendo que, como presidente do Conleste, também estou trabalhando por Itaboraí. Mas de nada adianta eu lutar só pela minha cidade. É preciso que toda a região se desenvolva”, diz Helil.
“Não vou trabalhar sozinho. Temos uma diretoria e prefeitos novos, com muita capacidade e determinação. E mesmo aqueles que foram reeleitos têm demonstrado bastante disposição em arregaçar as mangas e trabalhar em prol da região. O vice-presidente, Ariel Rosa (prefeito de Teresópolis), pelo que já pude sentir, será um vice atuante e uma grande representação”, diz
Segundo o prefeito de Itaboraí, a mobilidade urbana é uma das questões mais urgentes a serem solucionadas.
“Precisamos de um grande projeto nesse setor, para que haja fácil acesso a todas as cidades, favorecendo, inclusive, a própria demanda do Comperj”, diz Helil. “O Comperj traz fatores muito positivos aos municípios do entorno, como o aumento da arrecadação e a perspectiva de crescimento. Mas é preciso termos cuidado, pois esse crescimento não pode ser desordenado. Se esses municípios não tiverem apoio e acompanhamento muito especiais dos governos estadual e federal, poderá haver um colapso na região”.
Segundo Helil, Itaboraí é o município que mais sofre impacto do Conleste.
“Numa determinada parte do dia, por exemplo, o trânsito já não flui bem na cidade. Além disso, as demandas por leitos no nosso hospital e vagas em nossa rede de ensino também já são maiores”, diz o prefeito.
Planejamento – Entre os projetos para melhorar a estrutura do próprio Conleste, Helil planeja a implementação de um grupo de projetistas na sede da instituição, em Itaboraí, para auxiliar os 15 prefeitos na elaboração de projetos em busca de convênios com os governos federal e estadual.
“Queremos ter um grupo técnico trabalhando para que nossos projetos sejam aprovados”, garante Helil. “A dificuldade das prefeituras dessa região é a de conseguir ter um corpo técnico capacitado para elaborar projetos consistentes. Vamos buscar uma forma de proporcionar isso aos prefeitos”.
Um dos aspectos que fazem Helil Cardozo acreditar na força política do Conleste para obter as contrapartidas necessárias da Petrobras é o bom relacionamento entre os prefeitos dos 15 municípios.
“O fato de os 11 prefeitos que compareceram à eleição terem escolhido meu nome de forma unânime para a presidência já demonstra que há união e interação entre nós. Temos que pensar grande, e pensar grande é pensar em toda a região. Juntos, somos mais fortes”, finaliza o presidente do Conleste.
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