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Saúde

Dezembro Vermelho: Seminário de HIV/AIDS discute desafios na 4ª década da pandemia

Por Saúde

Publicado em 05/12/2024

Na tarde desta quinta-feira (05/12), o auditório do Instituto Federal Fluminense (IFF) campus Itaboraí foi palco do Seminário Municipal de HIV/AIDS com o tema “Cuidado Multiprofissional à Pessoa Vivendo com HIV/AIDS: Desafios na 4ª Década da Pandemia” promovido pela Prefeitura de Itaboraí, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) e do Núcleo de Educação Permanente e Pesquisa em Saúde (NEPPS). O evento teve o lema “Estaremos aqui até que o HIV não esteja mais” e reuniu profissionais da saúde, representantes de organizações não governamentais e autoridades para debater estratégias de prevenção, diagnóstico e cuidado integral às pessoas que vivem com HIV/AIDS.

O secretário de Saúde de Itaboraí, Hédio Mataruna, destacou o papel fundamental da capacitação profissional, da conscientização da sociedade e do fortalecimento da rede de atendimento como pilares essenciais para garantir o cuidado integral às pessoas vivendo com HIV/AIDS.

“Estamos aqui para fortalecer o diálogo, ampliar o conhecimento e promover estratégias que não só tratem a doença, mas acolham as pessoas de maneira integral. A pandemia do HIV/AIDS trouxe desafios imensos, mas também nos mostrou o valor da união entre poder público, sociedade civil e profissionais de saúde. Que este encontro nos inspire a continuar transformando desafios em oportunidades para cuidar de quem mais precisa”, expressou o secretário.

A abertura do seminário foi realizada pela coordenadora do Serviço de Atenção Especializada (SAE) em infecções sexualmente transmissíveis (IST), AIDS e hepatites virais, Viviane Braga, que destacou a importância de quebrar tabus e preconceitos ao redor do tema.

“Nós precisamos bater na tecla do preconceito. O preconceito ainda é muito grande e continua matando mais do que a doença. Precisamos tirar esse estigma que a AIDS ainda carrega. Quem descobre que é soropositivo pode fazer tratamento e essa pessoa merece ser cuidada com carinho”, disse a coordenadora.

O seminário propôs um olhar abrangente sobre os desafios que se apresentam após mais de 40 anos da pandemia, abordando não apenas aspectos clínicos, mas também sociais, emocionais e humanos. Além disso, reforçou a importância de ações conjuntas entre os diversos setores da sociedade para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS.

É importante destacar que a Prefeitura de Itaboraí, por meio do Setor de HIV/AIDS da SEMSA, recebeu na última sexta-feira (29/11), do Ministério da Saúde, o Selo Prata de Certificação pela Eliminação da Transmissão Vertical do HIV. A solenidade ocorreu em Brasília e reuniu representantes da saúde de 60 municípios e três estados brasileiros. Essa certificação comprova que, em Itaboraí, não há registros de bebês nascendo com HIV nos últimos quatro anos.

Entre os presentes, estavam o conselheiro do Movimento Negro Unificado, Cleyton Couto, o representante da ONG Itaboraí pela Diversidade, Rulian Gomes, e a subsecretária de Atenção Primária, Marcelle Andrade.

A programação contou com palestras ministradas por especialistas de diversas áreas, trazendo temas fundamentais para o cuidado integral:
• “Vigilância em Saúde e HIV/AIDS: Painel de Indicadores” – Enfermeira Carolina Lima, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Itaboraí.
• “Diagnóstico e Tratamento: Cenário Geral da Prevenção e Manejo” – Médico infectologista Dr. Ralber Felipe Macorin.
• “Prevenção da Transmissão Vertical: Cuidado com a Gestante” – Médica sanitarista Dra. Fábia Lisboa.
• “Cuidado Integral à Pessoa Vivendo com HIV/AIDS: Desafios e Possibilidades para Populações Vulneráveis” – Assistente social Thais Porto.

Durante as apresentações, os participantes tiveram a oportunidade de debater e alinhar estratégias, promovendo um diálogo enriquecedor sobre o enfrentamento ao HIV/AIDS no município. O cuidado integral e a luta contra o HIV seguem como compromissos fundamentais, reforçando a esperança de um futuro em que essa pandemia seja superada e fique marcada apenas como uma lição na história da saúde pública.

Secretaria Municipal de Comunicação

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