Casa de Cultura recebe projeto “Samba Nego Miudinho” e encanta público com ancestralidade e resistência cultural

A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres (CCHAT), em Itaboraí, foi palco na noite da última terça-feira (26/08) da estreia do espetáculo “Samba Nego Miudinho”, projeto itinerante do Museu do Samba que une música, contação de histórias e instalação artística interativa. O evento reuniu alunos do Ensino para Jovens e Adultos (EJA), das escolas municipais Promotor Luiz Carlos Caffaro, Professora Maria Ana Moreira e Marly Cid Almeida de Abreu. Além de moradores da cidade, em uma noite marcada por emoção, aprendizado e celebração da cultura negra.

O subsecretário de Cultura e gestor da CCHAT, Alan Motta, destacou a importância de receber o espetáculo em Itaboraí.

“Com certeza, você ter aqui a neta do Cartola, que é a Nilcemar Nogueira, Selma Candeia, filha do saudoso Candeia, e a neta da Clementina de Jesus, para mim vai ser mais uma noite memorável, como diversas outras que a gente vem trazendo para que Itaboraí possa se encantar cada dia mais com a nossa história, com a nossa origem e, enfim, com o passado, o presente e o nosso futuro”, ressaltou Alan Mota.

As protagonistas da noite foram as Matriarcas do Samba, trio formado por Selma Candeia, Vera de Jesus e Nilcemar Nogueira, herdeiras de três ícones da música brasileira. Em suas falas, elas ressaltaram a alegria de retornar a Itaboraí e a relevância de projetos que mantêm viva a ancestralidade.

“Estar de volta a Itaboraí é sempre um prazer, porque a gente é sempre bem recebida neste município, nesta casa de cultura que tem um compromisso de difundir a nossa história. O samba é a principal referência cultural identitária do nosso país, e o que trazemos hoje é a história não contada, que muitas vezes não está nos livros oficiais. Reivindicamos essa memória, porque só entendendo o passado podemos compreender o presente e nos enxergar como agentes de transformação para o futuro”, afirmaram.

A plateia interagiu, se emocionou e cantou junto. Para os estudantes, a experiência foi transformadora. O aluno Carlos Eduardo Silva, de 43 anos, destacou a oportunidade de aprender de forma diferente.

“Eu nunca tinha ouvido falar tão profundamente sobre Clementina de Jesus, Cartola e Candeia. Foi uma aula de história e, ao mesmo tempo, um show de música e cultura. Saio daqui mais consciente do valor do samba e da importância do povo negro na construção do nosso país”, disse o estudante.

O espetáculo segue em cartaz na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres até o dia 6 de setembro, com entrada gratuita. Durante o período, a exposição interativa estará aberta à visitação e atividades pedagógicas serão realizadas com alunos da rede municipal de ensino.

A realização é do Museu do Samba, com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e apoio da Prefeitura de Itaboraí, por meio da Secretaria Municipal de Educação e da Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres.

Secretaria Municipal de Comunicação