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Trabalho e Renda

Itaboraí promove qualificação de 35 pessoas com necessidades especiais

Por Trabalho e Renda

Publicado em 12/11/2014

Sine 1Começou esta semana, na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), em Ampliação, o curso de qualificação para 35 portadores de necessidades especiais (PNE), cadastrados no Sistema  Nacional de Emprego (Sine) de Itaboraí. A iniciativa é uma parceria da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, o Consórcio TUC Construções e a Universidade Livre para a Deficiência Humana (UNILEHU).

O curso de qualificação na área de auxiliar administrativo será ministrado três vezes por semana (2ª, 3ª e 4ª feira), das 13h às 17h, na Faetec – Itaboraí, e terá duração de 12 meses. Os alunos participantes serão contemplados com um salário mensal de R$ 724 e carteira de trabalho assinada. Além de plano de saúde, seguro de vida, auxílio transporte e alimentação.

Segundo o diretor do Sine-Itaboraí, Anderson Santana, atualmente a instituição conta com aproximadamente 85 pessoas portadoras de deficiência, sendo que 55 delas encontram-se no mercado de trabalho.

“Essas parcerias têm dado resultado. As empresas procuram o Sine em busca de profissionais capacitados, visto que possuímos um amplo banco de dados . E este curso de qualificação com contratação em empregatícia é um avanço em Itaboraí, tanto na questão social quanto na autoestima dessas pessoas com necessidades especiais. Toda a sociedade ganha”, disse Santana.

Para o coordenador de Recursos Humanos do Consórcio TUC Construções, Ivan de Jesus, esse projeto de qualificação de portadores de necessidades especiais também é realizado pela empresa em outras obras. 

“Além de cumprir a cota estabelecida em lei, a inclusão de PNE no mercado de trabalho é importante para a sociedade”, frisou Ivan.

A diretora da UNILEHU, Yvy Karla Abbade destacou que a  universidade foi fundada em 2005, com a necessidade de criação de uma organização não governamental, orientada e mantida por empresas preocupadas com a questão da inclusão de pessoas com deficiência.e tem como objetivo ser um elo de aproximação e facilitação dos trabalhos realizados pelos três setores da sociedade, com capacidade para atuar em todo território nacional.

 “Neste curso, nós temos pessoas com deficiência auditiva, mental, intelectual, visual e física. Vamos oferecer qualificação técnica, acompanhamento psicológico e pedagógico, e assim facilitar a empregabilidade nesta empresa e/ou em outras”, comentou Yvy Karla.

O curso é destinado a PNE a partir dos 15 anos, sem idade limite. Os alunos aprendem introdução administrativa, recursos humanos e matemática básica, dentre outros. Ao final, todos receberão certificado de conclusão.

O estudante Nilton Mendonça, 52 anos, portador de deficiência física e morador do Sossego, vê neste curso uma oportunidade de qualificação e inserção no mercado de trabalho. 

“Vou agarrar esta oportunidade com unhas e dentes, uma oportunidade abençoada por Deus”, disse Nilton.

 Quem não conteve a emoção foi a aposentada Maria Aparecida dos Santos, 65 anos, e avó do aluno Matheus de Oliveira, 19 anos, portador de deficiência mental.

“Posso afirmar que esta foi a melhor coisa que aconteceu na cidade. Quero agradecer a todos os envolvidos neste projeto, que se uniram em prol das pessoas que necessitam. Hoje os deficientes estão sendo tratados com respeito e dignidade”, elogiou Maria Aparecida, moradora de São Joaquim.

 

Lei nº 8.213

Prevê cotas para portadores de deficiência no mercado de trabalho. Dispõe que as empresas que têm de 100 a 200 empregados devem reservar, obrigatoriamente, 2% de suas vagas para pessoas com deficiência, que pode ser visual, auditiva, física ou mental. Para empresas que têm de 201 a 500 empregados, a cota reservada é de 3%, as que têm de 501 a mil empregados é de 4%. e para as que têm de 1.001 mil empregados em diante, 5%. A definição do que vem a ser deficiência pode ser encontrada no Decreto nº 5.296, de 02 de dezembro de 2004.

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