
O prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo, e os secretários de Trabalho e Renda, Aleksander Santos, e de Desenvolvimento Econômico e Integração com o Comperj, Luiz Fernando Guimarães, se reuniram nesta sexta-feira (20), no salão nobre da Prefeitura, com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), do Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção (Sintramon) e das quatro maiores empresas que atuam no canteiros de obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) – Toyo Setal, CPPR, TUC e OAS. No encontro, Cardozo destacou a disposição da Prefeitura em estreitar o relacionamento com os consórcios e pediu que, a partir da retomada do ritmo das obras, haja mais prioridade na contração de mão de obra local, tendo em vista as dificuldades econômicas dos municípios impactados pelo empreendimento.
“Se a gente conseguir garantir empregabilidade para as pessoas da cidade, vamos cumprir com parte das nossas responsabilidades, e as empresas, por outro lado, terão custos menores, já que não terão que importar mão de obra de outros estados. A região vive um momento difícil com constantes greves e demissões. A gente só vai superar essa fase se dialogarmos de forma direta, transparente e firmar parcerias. A realidade é que, até agora, as empresas pouco priorizaram a contratação de pessoas da nossa cidade”, disse o prefeito de Itaboraí.
De acordo com o cronograma do Plano de Negócios e Gestão da Petrobras, as obras alcançaram 82% de avanço físico em fevereiro deste ano. A previsão, segundo a estatal, é que a primeira refinaria entre em operação em agosto de 2016. Para evitar que os moradores dos municípios do entorno do Comperj fiquem de fora dessas novas oportunidades, o secretário Luiz Fernando Guimarães e os representantes do Sintramon cogitaram a possibilidade de parceria com a Petrobras para capacitar os moradores nessas áreas específicas.
“Itaboraí não tem mão de obra para fazer a refinaria funcionar neste momento. Temos que pensar nesta nova etapa, ainda que esteja distante. Precisamos evitar aquilo que ocorreu na fase de montagem, em que pessoas estados bem distantes foram deslocadas para cá. A Petrobras tem sua política de concursos, mas há outros serviços de apoio executados por empresas terceirizadas. Esses trabalhos corresponderão, no futuro, a um número expressivo de vagas. O desafio é verificarmos com a Petrobras quais serão essas áreas e investirmos em capacitação”, afirmou o representante do Sintramon, Rogério Thyago.
Para o secretário de Trabalho e Renda, Aleksander Santos, o principal problema enfrentado pela Prefeitura é a indicação das vagas, feitas, em geral, por encarregados vindos de outros estados. Já o representante da Firjan, Alexandre Gurgel, lembrou que os avanços das obras do Comperj são fundamentais para a recuperação econômica do estado.
“Independetemente se vamos ter aqui uma refinaria menor, o importante para a Federação é priorizar os trabalhadores do Consórcio Intermunicipal do Leste Fluminense (Conleste). Estamos aqui para ajudar as empreiteiras na adequação às orientações da Prefeitura”, destacou Alexandre Gurgel.