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Saúde

Itaboraí inicia campanha de prevenção e diagnóstico da hepatite

Por Saúde

Publicado em 29/07/2013

Eledir Terra e Viviane braga acompanham a realizacao do teste rapido - Foto Edmilson de Souza

Eledir Terra e Viviane braga acompanham a realizacao do teste rapido – Foto Edmilson de Souza

A Secretaria de Saúde de Itaboraí promove, a partir desta segunda-feira (29/07), até o dia 2 de agosto, uma grande mobilização para marcar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado neste domingo (28/07). No período, a população em geral poderá realizar testes rápidos de sangue, no Centro de Testagem e Aconselhamento da Prefeitura, que poderão detectar a contaminação do vírus das hepatites A, B ou C, e também de sífilis e HIV. Em caso de resultado positivo, será feita uma investigação mais detalhada. No período,  também serão distribuídos 35 mil camisinhas. A ideia é chamar a atenção para a importância da prevenção e do controle das hepatites virais.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, no Brasil, uma em cada 30 pessoas pode estar infectada pelos vírus que causam as hepatites B e C. A coordenadora do Programa Municipal de DST, Aids e Hepatites Virais de Itaboraí, Eledir Terra, afirma ser de grande importância que a ida regular  ao médico e a realização de exames de rotina que detectam a hepatite, para que, em caso de contaminação, o tratamento seja logo iniciado.
“Como as hepatites virais não apresentam sintomas, a maioria dos portadores, por desconhecimento, não procura o médico. Sem diagnóstico e tratamento adequados, muitos casos evoluem para a insuficiência hepática, cirrose ou câncer hepático”, explica Eledir. “É importante verificar se esta doença faz parte da sua vida por meio de exames, porque a hepatite pode afetar qualquer pessoa, independente da idade, sexo, raça ou nível econômico”.
Gestantes, manicures, pedicures, podólogos, caminhoneiros, bombeiros, policiais civis, militares, rodoviários, doadores de sangue, profissionais do sexo e coletores de lixo domiciliar e hospitalar fazem parte do público-alvo da campanha este ano. Profissionais de saúde irão orientar a população com ações educativas e a distribuição de panfletos sobre formas de contágio.
“Evitar a doença é muito fácil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings”, recomenda Eledir. “Essas medidas podem evitar a contaminação e suas formas de transmissão”.
As atividades serão realizadas na Policlínica de Especialidades Prefeito Francisco Nunes da Rocha, prédio anexo ao Hospital Municipal Desembargador Leal Junior, em Nancilândia, das 8h às 17h. A unidade fica na Avenida Prefeito Álvaro de Carvalho Junior, s/nº, Nancilândia, Itaboraí. Telefone (21) 2635-2062.
Mesmo antes do início da campanha, a Policlínica já vem realizando os testes há uma semana. Em cinco dias, já foram atendidas cerca de 200 pessoas, com 40 exames realizados por dia, em média.
“Acredito que essa média vá aumentar a partir do início da campanha, quando haverá uma divulgação mais maciça das ações. Queremos que todos façam o teste. Essa é a única maneira de se ter certeza se estamos ou não com a doença”, observa a coordenadora do Programa de Hepatites Virais do Município, Viviane Braga.
Sobre a doença
Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, relação sexual desprotegida, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. É uma doença que nem sempre apresenta sintomas, mas, quando aparecem, pode ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.
  • Hepatite A: É transmitida por meio do contato com alimentos ou água contaminada com o vírus, mãos mal lavadas ou sujas de fezes e objetos contaminados. É o tipo menos agressivo, sem gerar lesões posteriores ao fígado. Em alguns casos, não apresenta sintomas. O tratamento dura, em média, seis meses.
  • Hepatite B: A transmissão é parecida com a contaminação por HIV, porém 100 vezes mais contagiosa, pois o vírus pode sobreviver por até 13 dias em material como agulhas e alicates de unha. Ocorre mais pela relação sexual. Todos os postos de saúde oferecem as três doses da vacina contra a Hepatite B em qualquer época do ano.
  • Hepatite C: É transmitida primariamente por meio do sangue e derivados. Apesar da possibilidade de cura, a doença é uma das principais causas das complicações hepáticas e transplantes de fígado. Ainda não há vacina disponível na rede pública.

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