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Itaboraí promove encerramento do curso de capacitação em Arqueologia

Por Educação

Publicado em 16/08/2013

Professora de Ciências, Célia Regina, integrante de um dos projetos selecionados de Itaboraí foto Sandro Giron

Professora de Ciências, Célia Regina, integrante de um dos projetos selecionados de Itaboraí foto Sandro Giron

Professores da rede municipal e estadual de Itaboraí e dos municípios de Tanguá, Silva Jardim, Cachoeiras de Macacu e Guapimirim, participaram na tarde da última quarta-feira (14) do encerramento do curso de capacitação em arqueologia. O evento realizado no Esporte Clube Comercial, em Itaboraí, faz parte do Programa de Educação Patrimonial e Arqueologia, oferecido pelo Museu Nacional em parceira com a Petrobras.

 

Para a coordenadora do programa e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), MaDu Gaspar é gratificante chegar a esta etapa do projeto. “Eu comecei minha carreira estudando a história de colonização desta região do Vale do Macacu, em 1976 e hoje vejo que mais pessoas estão interessadas no passado, em recuperar a história e a pré-história”.

 

A finalização do curso “Programa de Educação Ambiental e Arqueologia do Vale do Macacu”, contou com três encontros para cada turma, com duração de 8h, e teve 336 professores inscritos, sendo 174 da rede pública de Itaboraí. Nas aulas foram formados grupos, que constituíram projetos envolvendo a arqueologia com as diversas disciplinas. Ao todo foram 54 projetos, sendo 31 de Itaboraí, 12 de Cachoeiras de Macacu, quatro dos municípios de Guapimirim e Tanguá e três de Silva Jardim.

 

Na ocasião foram divulgados os dez projetos selecionados para compor um livro, onde todos os professores terão seus trabalhos divulgados e seus nomes no editorial. Com uma tiragem de dois mil exemplares, os livros deverão ser publicados pelo Museu Nacional até o final de setembro e distribuídos nas escolas dos docentes participantes do projeto. O objetivo é disseminar todo o conhecimento e dividir o que foi aprendido em Arqueologia para professores e alunos. Dos 10 projetos selecionados, cinco são de Itaboraí.

 

Para a escolha dos projetos foram levados em consideração os critérios de criatividade, inserção da Arqueologia e a viabilidade prática na escola. A banca examinadora, formada pela equipe do Museu Nacional, foi composta pela historiadora Thereza Baumann, pela consultora do projeto, Lara Leal, pela coordenadora do projeto MaDu Gaspar, e pelas professoras, Cilcair Andrade, Gabriela Saba e Gina Bianchini, todas presentes ao evento.

 

Segundo a professora e arqueóloga do Museu Nacional Cilcair Andrade, a escolha dos projetos foi extremamente difícil, visto a qualidade dos conteúdos. “Fomos surpreendidos pelas qualidades dos professores, que encontraram várias possibilidades de inserir a Arqueologia em suas disciplinas. Pela interação que percebi durante os encontros, tenho certeza que serão ótimos multiplicadores dos resultados de toda pesquisa realizada no Vale do Macacu”, destacou Cilcair.

 

Integrante de um dos projetos selecionados, a professora de Ciências da Escola Municipal Professora Marly Cid Almeida de Abreu, em Nancilândia, Célia Regina Costa, aprovou o curso e destacou a importância de abordar a história de Itaboraí desde os índios. “O nosso projeto contou com a ajuda de todos os profissionais da escola e tivemos o maior cuidado em inserir os alunos portadores de necessidades especiais no contexto. Realizamos ainda atividades externas, como passeios ao Museu Nacional e a Petrópolis”, ressaltou a participante do projeto “Conhecendo e Valorizando a Arqueologia do Vale do Macacu”.

 

O programa tem como objetivo divulgar os resultados das pesquisas arqueológicas que vem sendo realizadas na área de implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) pela equipe de arqueólogos do Museu Nacional. Uma equipe continua presente em todas as etapas da obra do Comperj realizando um trabalho de monitoramento, devido às intervenções do solo.

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