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Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres já tem 80% do seu acervo bibliográfico catalogado
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Publicado em 12/05/2023
Prestes a completar 213 anos de construção da residência, em setembro de 2023, a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, no Centro, continua com o processo de catalogação digital de toda biblioteca pessoal da antropóloga, que dá nome a Casa e sua família, com mais de 7 mil obras armazenadas. O trabalho é realizado pela gestão da Casa de Cultura, que está sob administração da Prefeitura de Itaboraí, por conta de um convênio com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Desses 7 mil exemplares, aproximadamente 80% do acervo já foi catalogado de forma impressa e 800 livros foram catalogados digitalmente, em um sistema informatizado para gestão de acervos bibliográficos. Esse trabalho está sendo feito integralmente pela própria equipe da Casa de Cultura. Neste primeiro momento, apenas os livros da biblioteca de Heloísa Alberto Torres estão sendo catalogados digitalmente. Na próxima etapa, será feita a catalogação de revistas e periódicos.
A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres reúne um acervo que, além dos livros, revistas e outros itens da biblioteca, inclui também diversos documentos, cartas, fotos e pesquisas da antropóloga e da família. Esse material, o chamado acervo documental, está sendo catalogado e digitalizado pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), em convênio com o IPHAN.
De acordo com o subsecretário de Cultura e gestor da Casa, Alan Mota, no início da gestão do prefeito Marcelo Delaroli, apenas 25% do volume total de livros estavam catalogados e hoje esse número cresceu para 80%.
“Demos um salto muito grande e esperamos até o final deste ano estarmos com 100% dos livros catalogados e até o final de 2024, ter todo o catálogo informatizado. É um trabalho minucioso e que facilita o método de pesquisa de títulos, garantindo uma catalogação técnica das obras, a fim de separar os exemplares por temas, assuntos, conteúdos, autores e outros. A biblioteca da Casa conta com livros nacionais e internacionais, em diversos idiomas, como francês, alemão, espanhol, inglês e até em tupi guarani. É um material muito rico em história, que pode servir como base para pesquisas científicas”, destacou Alan Mota.
O trabalho de catalogação e informatização é liderado pela bibliotecária Rebeca Hypolito. Até o momento, o livro mais antigo catalogado e informatizado é do ano de 1812 e fala sobre a escravidão nos Estados Unidos.
“Conhecia a Casa por ser moradora da cidade, mas nunca tive acesso ao acervo, só quando vim trabalhar aqui no ano passado. Fiquei encantada com o desafio e desde então estou me dedicando para fazer a diferença. Quando cheguei aqui encontrei os livros organizados pelo número de tombo, mas não tinha uma característica de biblioteca. Esse trabalho é de suma importância para que as pessoas conheçam e saibam que existe aquele determinado assunto e livro, para isso é necessário o sistema e organização, para facilitar a pesquisa e encontrar informações”, comentou Rebeca Hypolito.
O sobrado colonial ganhou denominação de Casa de Cultura nos anos 90 e desde então funciona como um centro de difusão cultural. O espaço reúne parte do acervo de Heloísa Alberto Torres e sua família na parte superior do imóvel. Para conhecer, o visitante precisa estar acompanhado de um profissional técnico, a fim de proteger os itens do patrimônio histórico.
Secretaria Municipal de Comunicação
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