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Saúde

Itaboraí intensifica o combate à dengue

Por Saúde

Publicado em 28/11/2013

Ação informativa de combate à dengue  - Fotos Sandro Giron

Ação informativa de combate à dengue – Fotos Sandro Giron

O Ministério da Saúde repassará cerca de R$ 370 mil para Itaboraí intensificar o combate ao Aedes aegypti. Os recursos fazem parte do Fundo Variável de Vigilância em Saúde (PVVS), para qualificação das ações de prevenção e controle do mosquito da dengue.

 

Nesta quinta-feira (28), o secretário municipal de Saúde, Edilson Francisco dos Santos, apresentou projeto de implantação do Comitê Municipal de Combate à Dengue, para diminuir a propagação da doença. Trata-se da união de esforços entre as secretarias de Saúde, Obras, Serviços Públicos, Meio Ambiente, Educação, Desenvolvimento Social e Segurança Pública e Defesa Civil, em parceria com a Subsecretaria Estadual de Governo, associação de moradores e sociedade civil, para agir de forma coordenada e inteligente para reverter os números da dengue.

 

“Com a proximidade do período mais quente e chuvoso, que ocorre normalmente entre os meses de novembro e maio, vamos reforçar as ações de combate à dengue em toda cidade e investir pesado nos focos do mosquito. Nosso objetivo é empreendermos uma verdadeira guerra contra a dengue”, afirmou o secretário. “Esse combate não tem resultado efetivo se for uma ação isolada do poder público. Precisamos de uma mobilização maciça da sociedade para ter sucesso e mudar nosso
comportamento. Podemos ser os condutores desse processo a partir das parcerias que estamos estabelecendo ao montar este comitê”, frisou.

Uma força-tarefa formada por 400 agentes de combate a endemias irá intensificar, a partir de dezembro, o trabalho de campo na identificação de pontos de proliferação de larvas do mosquito Aedes aegypti. Também já foi reativada a Sala de Situação de Dengue, para monitorar semanalmente os índices de casos no município e realizar ajustes no controle do vetor, como o acompanhamento da situação epidemiológica de toda a cidade. Novas ações de mutirões nos bairros, com o apoio do Governo do Estado, já estão programadas para conscientizar e mobilizar moradores no combate aos criadouros de dengue, com ajuda de carros-fumacê. Outro projeto que será retomado é o “Família Unida Contra Dengue”, placa que identifica residências livres de focos da doença.

 

 

Além disso, será reforçada a coleta de lixo, o recolhimento de pneus, a limpeza da terrenos baldios, rios e valões, e as campanhas de conscientização e panfletagem nas escolas e em áreas de grande
concentração de público, como o Restaurante Cidadão localizado no centro da Cidade, em parceria com o Núcleo de Educação em Saúde.
Trabalho nos bairros

 

 

As ações de controle da dengue também atuarão nos oito distritos do município. Os agentes de endemias farão uma varredura em bairros considerados de risco, como Nova Cidade, Ampliação, Caluge, Badureco, Granjas Cabuçu, Gebara, Itambi e Apolo, eliminando focos do mosquito,
instalando telas protetoras em caixas d’água e distribuindo à população material informativo com dicas de prevenção sobre o mosquito transmissor. Os profissionais também atuam nas áreas que fazem fronteiras com Itaboraí (São Gonçalo, Maricá e Tanguá).

 

Os bairros Marambaia, Engenho Velho e Duques receberam, neste mês, mutirões que eliminaram focos do mosquito em áreas de difícil acesso, como becos, terrenos baldios e ferros-velhos, além de alertar sobre a importância da participação de todos na prevenção e controle da dengue e
intensificar as visitas as residências.

 

 

“Vamos nos empenhar para que Itaboraí saia da situação de alerta. Para isso, temos que massificar as ações de combate ao mosquito da dengue, com mais arrastões de limpeza na cidade, e reforçar o trabalho de visita aos domicílios”, afirmou a subsecretária estadual de Governo, Cristiane Amaral.

 

 

De acordo com o subsecretário de Vigilâncias em Saúde, Geraldo Sobrinho, as pessoas já sabem o que devem fazer para evitar a dengue, mas precisam transformar esse conhecimento em ação e partir para a prática no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

 

 

“Estamos dando um passo adiante. Tendo um pressuposto que a informação já chegou, estamos agora partindo para uma mobilização maior. Não basta a ação do governo, não bastam os anúncios na televisão, porque as pessoas sabem o que devem fazer e por muitas vezes não fazem. Então, temos de mostrar a elas que é fundamental fazer”, disse Geraldo.

 

 

Quem quiser relatar a existência de focos de dengue deve ligar para o telefone 2639-8176.
Sintomas

 

 

Febre, dor de cabeça, dor nos olhos, dores nas costas, manchas no corpo e, em alguns casos, pequenas hemorragias na boca, urina ou no nariz, são sintomas de dengue. A doença pode se manifestar de formas diferentes, mas o tratamento para ela tem um item básico: a
hidratação.

 

A dengue remove parte do líquido dos vasos sanguíneos e compromete a circulação do sangue. Por isso, a água é fundamental no tratamento, repondo o líquido que foi perdido.
Além dos sintomas mais comuns, a dengue pode se manifestar com dores abdominais fortes e contínuas, vômitos, tonturas, alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, pulso rápido, diminuição súbita da temperatura, agitação, fraqueza e desconforto respiratório.
Cuidados

 

Aos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação é que a pessoa procure o serviço de saúde mais próximo. É fundamental não tomar remédio por conta própria – isso pode mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico – devendo ainda estar alerta para sinais de agravamento, como vômitos e dores abdominais.

 

 

De acordo com dados do Departamento Municipal de Vigilância Epidemiológica, de janeiro a 23 de novembro deste ano foram notificados 5.836 casos em Itaboraí, sendo 343 testes positivos e dois óbitos. Já o quinto Levantamento do Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado no mês passado, apontou uma taxa de 2,4%, deixando o município em estágio de alerta. Depósitos de água ao nível do solo, acúmulo de lixo e de pneus foram os criadouros de dengue mais comuns apontados pelo monitoramento realizado na cidade.

 

Cristiane Amaral e Edilson Francisco na Sala de Siatuação

Cristiane Amaral e Edilson Francisco na Sala de Siatuação

Agentes da Prefeitura e do Estado trabalham em conjunto no Engenho Velho  - Foto Sandro Giron

Agentes da Prefeitura e do Estado trabalham em conjunto no Engenho Velho – Foto Sandro Giron

 

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