Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres celebra 211 anos com exposição de arte oleira

A abertura da exposição “Oleiros de Itaboraí: Identidade, Arte, Pão e Barro” foi marcada com festa, na noite de sexta-feira (17/09), na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres (CCHAT), no Centro. A mostra celebra os 211 anos do sobrado histórico em que funciona a Casa de Cultura e marca também os 126 anos do nascimento de Heloísa Alberto Torres. A exposição fica em cartaz até o dia 6 de outubro e está aberta para toda a população.

A exposição reúne o melhor do trabalho dos oleiros da cidade, valorizando a cerâmica produzida em Itaboraí. A maioria desses oleiros já tinha sido retratada em um documentário produzido pela Casa de Cultura, lançado em maio. O subsecretário de Cultura e gestor da instituição, Alan Mota, enfatiza que a arte da cerâmica foi um dos principais objetos de estudo de Heloísa Alberto Torres no campo da Antropologia.

“O maior vulto cultural que temos hoje em Itaboraí é a cerâmica e a arte oleira. A Heloísa Alberto Torres, quando veio para a cidade, fez uma pesquisa científica sobre a arte marajoara. Esse estudo tem uma grande relevância para o setor, principalmente em todas documentações”, explicou o gestor.

A curadoria da mostra é de Aurora Ribeiro, que é chefe de acervo da CCHAT. Além da exposição, a Casa de Cultura também promoveu outras atividades, presenciais e virtuais, como forma de destacar o legado de Heloísa. Na parte da tarde, foi realizada a live “Cientistas debatem o legado de Heloísa Alberto Torres”, com a participação dos antropólogos Marco Antonio da Silva Mello (UFRJ, Le Metro/INCT-Ineac UFF), Felipe Berocan (Le Metro/INCT-Ineac UFF) e da Historiadora Heloísa Bertol Domingues (MAST), com mediação do jornalista Cláudio Salles.

Já no fim do dia, nos jardins da Casa de Cultura, foi realizada uma roda de conversa sobre “O acervo e a história de Heloísa Alberto Torres”, com José Benito Yárritu Abellás, Historiador e Tecnologista (MAST), Aurora Ribeiro, chefe do Acervo da CCHAT, e William Mendonça, coordenador de Patrimônio, Acervo e Memória da CCHAT.

Sobre Heloísa

Heloísa Alberto Torres que, junto com sua irmã Marieta, legou ao povo de Itaboraí a Casa de Cultura e todo o seu acervo, nasceu em 17 de setembro de 1895. Seu trabalho sobre as origens e a permanência da cerâmica marajoara, feito entre as décadas de 1920 e 1940, é ainda referência no campo de estudo antropológico.

Sobre a casa

A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres está sob gestão do município de Itaboraí desde a década de 90 através de convênio com o IPHAN. Além do sobrado histórico, construído há 211 anos, adquirido em 1963, reformado e doado ao IPHAN pela antropóloga Heloísa Alberto Torres, a Casa contém importante acervo museológico, documental e bibliográfico.

Serviço

A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres está localizada na Praça Marechal Floriano Peixoto, 303, centro histórico de Itaboraí. O local funciona de terça a quinta (8h às 17h), sexta (8h às 21h), sábado (9h às 21h) e domingo (9h às 17h).

Secretaria Municipal de Comunicação Social