Servidores de Itaboraí participam da I Jornada Formativa de Cidadania LGBT
Por Desenv. Social
Publicado em 05/09/2014
Começam nesta quarta-feira (10/9) uma série de oficinas para aproximadamente 600 servidores das secretarias municipais de Educação e Cultura, e Desenvolvimento Social, promovido pela Prefeitura de Itaboraí, visando a conscientização a respeito de questões de cidadania envolvendo o público LGBT. A ação é realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, por meio do Programa Estadual Rio Sem Homofobia. Ao todo, 15 grupos de trabalho se reunirão entre os meses de setembro e novembro, em diversas unidades escolares municipais. O calendário foi divulgado na última quinta-feira (04/9), na aula inaugural da I Jornada Formativa de Servidores Públicos Municipais sobre Cidadania LGBT de Itaboraí, no Clube Vera Gol, em Outeiro das Pedras. O objetivo da ação é estimular a sensibilização, a mobilização e a formação de servidores e gestores municipais para o enfrentamento da homofobia. E ainda a promoção da cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, ampliando sua atuação e atendimento à população LGBT.
Para a secretária municipal de Educação e Cultura, Susilaine Duarte,a jornada é uma forma de pensar estratégias de construção de um mundo melhor. Diariamente, lembra Susilaine, há notícias de discriminação contra pessoas que evidenciam características, opções e opiniões diferentes do considerado convencional.
“Quando passamos a entender nossas diferenças como riqueza, ou como boniteza, nas palavras de Paulo Freire, colaboramos para que as relações humanas sejam menos agressivas, mais amorosas. Acredito que já encontramos pistas para um caminho pedagógico comprometido com a construção de um mundo melhor: compartilhar respeito, amizade e conhecimento”, destacou Susilaine, agradecendo pela parceria com o Governo do Estado.
Presente à aula inaugural, o coordenador do programa Rio sem Homofobia, Cláudio Nascimento, ressaltou a importância da parceria com a Prefeitura de Itaboraí. E frisou que, após a ação em Itaboraí, o Rio Sem Homofobia avaliará a implantação de cada jornada e do projeto, para registrar as lições aprendidas e os exemplos de boas práticas, de forma que possa desenvolver o projeto final da Jornada de Cidadania LGBT nos municípios do Estado do Rio de Janeiro em 2015.
“É imprescindível que se proporcione a formação continuada dos servidores públicos sobre a temática da diversidade sexual, cidadania LGBT e formas de enfrentar a discriminação contra esse segmento populacional, visando o aperfeiçoamento profissional teórico e prático. O desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla se torna essencial para que se possa promover o respeito às diferenças culturais, sociais, étnicas, religiosas, de gênero e sexualidade, entre outras, contribuindo para a quebra de estereótipos e preconceitos”, disse Cláudio.
A atual gestão da Prefeitura criou a Coordenadoria de Política LGBT, vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, visando atender mais especificamente questões relativas ao tema.
“Criamos a Coordenadoria para que o nosso município possa atender, no dia a dia, demandas nas áreas de educação, saúde e segurança que lidam diretamente com o público e que não estão livres de problemas discriminatórios”, afirmou Suely Lopes, secretária de Desenvolvimento Social, acompanhada do coordenador Gênici Gonçalves, que tem como uma de suas missões, tratar da instalação do Centro Cidadania de LGBT de Itaboraí para atender ainda cidades vizinhas como Tanguá, Maricá e Rio Bonito. Niterói já tem seu Centro, que também presta serviços para São Gonçalo, segunda maior cidade populacional do Estado do Rio de Janeiro.
Programa Rio Sem Homofobia Criado pela Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, o programa Rio Sem Homofobia tem o objetivo de combater a discriminação e a violência contra LGBTs. Além de promover a cidadania dessa população em todo o Estado do Rio de Janeiro, respeitando as especificidades desses grupos populacionais, através da disseminação de informações sobre direitos, sua defesa e garantia em ações articuladas também como a sociedade civil.
