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Educação
Casa de Cultura expõe acervo do Museu Nacional, com relíquias arqueológicas encontradas na área do Comperj
Por Educação
Publicado em 18/04/2013
Verdadeiros tesouros arqueológicos encontrados no terreno onde hoje é construído o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) serão expostos, a partir desta quinta-feira (18/04), na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, em Itaboraí. A mostra “Santo Antônio de Sá: a primeira vila do Recôncavo da Guanabara” é realizada em parceria com o Museu Nacional, que, pela primeira vez, permite que parte do acervo deixe suas instalações.
Os achados são o resultado de um dos maiores trabalhos de arqueologia já realizada no país, no qual foram identificados 49 sítios arqueológicos. Entre as relíquias estão artefatos que marcam o início da ocupação do Estado do Rio, como fragmentos de cerâmicas portuguesas, espanholas e inglesas, cachimbos africanos e um tembetá – espécie de jóia usada por índios no século 16.
A exposição estará aberta ao público em geral a partir desta sexta-feira (19/04). Escolas e outras instituições podem agendar visitas em grupo.
“Estamos agendando visitações de escolas e grupos de interesse, devido à grande importância desta mostra para a região”, afirma o presidente da Casa de Cultura, Cláudio Rogério. “Essa exposição jamais saiu do Museu Nacional, devido à exclusividade das peças. Itaboraí é o primeiro município a recebê-la”.
A escavação no sítio arqueológico, localizado no Vale do Macacu, região da antiga Vila de Santo Antônio de Sá e que hoje compõe o município de Itaboraí, foi realizada no período anterior a terraplanagem do Comperj, e abrange também áreas no entorno do empreendimento. Todas as etapas da pesquisa arqueológica ocorreram de forma multidisciplinar, envolvendo profissionais das áreas de Arqueologia, História, Geografia, Geologia, Biologia e outros, por meio do Programa de Educação Patrimonial e Arqueologia do Vale Macacu, coordenado pela professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), MaDu Gaspar.
O trabalho de escavações mostra dois momentos distintos da história do sítio: o local, inicialmente, foi moradia dos índios Tupis, e também recebeu colonizadores europeus, que trouxeram os africanos.
A partir dessa exposição, Dutra espera estreitar ainda mais os laços de Itaboraí com o Museu Nacional, visando empreendimentos ainda de maior porte:
“Vamos pensar na instalação de uma sucursal do próprio Museu Nacional no município, para podermos expor todo o imenso acervo arqueológico e paleontológico ligado à nossa região, que ocupa um andar inteiro da sede do Museu, no Rio. Assim, formaremos um museu de história natural e de memória regional em Itaboraí”.
A exposição “Santo Antônio de Sá: a primeira vila do Recôncavo da Guanabara” tem entrada gratuita e vai até o dia 17 de setembro. A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres abre de segunda a quinta-feira, das 9h às 16h30. Às sextas e sábados, o horário se estende até às 22h30. A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres fica na Praça Marechal Floriano Peixoto, 303, Centro de Itaboraí. Mais informações pelo telefone 3639-2022.
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